Contrariamente ao cenário anterior em que os violadores eram, na maioria das vezes, indivíduos com idades acima dos 50 anos e as vítimas menores de dez anos, actualmente os indiciados de violação são jovens que abusam sexualmente crianças e adolescentes, de acordo com informações avançadas por Juarce Martins, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província do Maputo.Entretanto, o nosso interlocutor falou também de alguns casos em que os suposto violador e a vítima são jovens. Nesse sentido, o porta-voz diz que estes casos já não se ajustam àquela antiga teoria em que indivíduos dos seus 40 ou 50 anos de idade infectados pelo HIV/SIDA praticavam relações sexuais com crianças na falsa ideia de que se livrariam da doença ainda sem cura.Segundo Juarce Martins, nos casos de violações sexuais supostamente para cura do HIV/SIDA ou busca de imunidade à doença, o violador tinha idade acima dos 40 anos e a vítima era sempre uma menor de dez anos, havendo vezes em que era mesmo um bebé de apenas alguns meses.`Agora estamos a registar casos em que as idades dos envolvidos na violação não se distam muito, tal como o que se verificava naquelas estórias em que o violador dizia que abusou da vítima para se livrar do HIV/SIDA´, disse.Entretanto, o porta-voz da Polícia assegurou que se trata mesmo de violação sexual, na medida em que as vítimas são forçadas a manter a relação.Juarce Martins recorreu a um dos últimos casos registado há dias algures no bairro 1º de Maio, em que uma jovem de 27 anos de idade foi forçada a fazer sexo oral com um indivíduo de 31, sob ameaças de morte.Na mesma altura, outras três jovens e uma criança foram violadas sexualmente por indivíduos cujas idades não ultrapassam os 31 anos de idade, cenário que, segundo a Polícia, exige tempo para a compreensão das verdadeiras motivações. Contudo, alguns vozes associam este fenómeno a problemas sociais, com destaque para o desemprego, alcoolismo e questões conjugais.
fonte: Noticias
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